sábado, 28 de março de 2009

Encontro de hoje sobre uma(s) ditadura(s) nada branda(s)

Oi galera!
Foi muito legal o encontro de hoje!
Porque deu pra refletir bem sobre muitas coisas, viu?!
A gente, 9 pessoas, leu o artigo de Celso Lungaretti, jornalista, escritor e ex-preso político brasileiro, sobre este infeliz aniversário de 45 anos da ditadura brasileira, O legado da ditadura dos generais: fracasso e atrocidades (http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/2009/03/o-legado-da-ditadura-dos-generais.html) e o outro da Maria Victoria de Mesquita Benevides, socióloga especializada em Ciências Políticas e professora titular da Faculdade de Educação da USP, 'Ditabranda' para quem? (http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=3462), onde critica vigorosamente - igual fez o Professor Fábio Konder Comparato e muitos mais - o editorial da Folha de São Paulo onde se chama a ditadura brasileira ditabranda, querendo dizer que não foi tão ruim assim...
Bom, o que todo o mundo achou interessante foi que a chamada ditabranda do Brasil teve muitas semelhanças com o o atual governo "democratico" italiano.
Por exemplo, a ditadura brasileira também, com o pretexto da segurança pública, cancelou muitos direitos civis, até os mais elementares direitos dos cidadãos; usou o futebol (e o carnaval: panis et circences, como vão entender) pra enganar a população; manipulou e reprimiu a mídia; adotou e aplicou uma economia liberista, privatizando tudo (e levando esse tudo para o fracasso); distraiu a população com projetos faraônicos (do mesmo tipo que a Ponte de Messina); se serviu de grupos paramilitares para praticar atentados e espancamentos (igual os leghisti queriam fazer aqui com as "ronde" deles: inclusive, sabem que esses grupos paramilitares usavam a camisa verde e na maioria eram de origem italiana do norte?), etc.
Enfim, daria pra ficar bem preocupadinhos, não é?
Mesmo se a ditadura brasileira matou e torturou muito e descaradamente, mas acho que não podemos deixar o governo de Berlusconi chegar nesse ponto pra poder falar de ditadura mesmo!
Logo depois, a gente escutou umas músicas, lendo as letras, da época da ditadura, que provocaram muitos problemas aos famosos cantores, presos e torturados pela polícia por causa delas, e de outras, claro: Domingo no Parque de Gilberto Gil, É proibido proibir, Alegria, Alegria e Tropicália de Caetano Veloso, Panis Et Circenses de Caetano Veloso e Gilberto Gil, mas cantada por Os Mutantes, Sociedade Alternativa e Ouro de Tolo de Raul Seixas.
A Martha indicou também a música de Geraldo Vandré Caminhando, sobre a qual fala o próprio Celso Lungaretti (http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/2009/03/o-vandre-que-eu-conheci.html).
Bom, vamos continuar nossa resistência humana!
A Alberta concorda com a idéia de organizar na Berio a visão de Come un uomo sulla terra: ótima noticia!
E confiram o video AMERICANOS TRAMAM APOIO AO GOLPE DE 64 (http://www.youtube.com/watch?v=Q65Pz-sFci8).
Aquele abraço!
Roberto

1 comentário:

Grupo de Leitura disse...

Na verdade, a música de Geraldo Vandré se chama "Pra não dizer que não falei de flores".
Me "desviou" o Celso Lungaretti que a chama de "Caminhando", por causa do primeiro verso e talvez por amor de brevidade.
E a Martha lembrava as palavras, porém não me falou título.
Tudo bem!